A Tecnologia de aplicação de defensivos é o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta aplicação do produto no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica e com o mínimo de contaminação de outras áreas. Por envolver conhecimentos técnicos aplicados, muitas vezes é reduzida a adoção de volume de calda por hectare, ou quando muito a volume associado a tamanho de gotas especificado. Entretanto, quando se pergunta a técnicos ou a produtores, não quantos L/ha se utilizam, mas o porquê da utilização daquele volume, as respostas quase sempre são “não sei” ou “porque este é o mais usual”. Quase nunca os volumes empregados tomam por referência avaliações ou testes preliminares de cobertura, deposição e controle. Apesar da pouca importância atribuída, o volume de água para aplicação de defensivos é hoje um dos principais itens na composição do custo operacional do tratamento fitossanitário.
O fato de o volume de aplicação (L/ha) não ter influência direta no resultado biológico – uma vez que a quantidade de água por unidade de área tem a finalidade única de diluir, transportar e facilitar a distribuição do ingrediente ativo sobre a superfície alvo (solo, palha ou planta), com a cobertura necessária. Dessa forma, principalmente em épocas de preços
mais baixos, a redução do volume na aplicação de herbicidas, aumentando a capacidade operacional dos equipamentos, pode ser ferramenta essencial na redução dos custos da aplicação, além do ganho ambiental associado ao menor consumo da água.
Para possibilitar a análise da cobertura do solo usa-se como ferramenta papéis hidrossensíveis. Identificados e encaminhados para análise da cobertura.
Durante toda a operação, com a finalidade de possibilitar a comparação econômica em função da adoção dos diferentes volumes considerados, são coletados os tempos referentes ao abastecimento do pulverizador com a calda, às manobras nos carreadores para esgotamento do tanque de pulverização, ao necessário para deslocar do abastecimento até a área, além de medido o comprimento do talhão. Os dados operacionais médios das três fases são descritos.
É possível confirmar os ganhos ambientais e econômicos passíveis de serem obtidos pelo adequado investimento em Tecnologia de Aplicação de Baixa Vazão, servindo como modelo de trabalho para diferentes culturas e condições de aplicação.
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